segunda-feira, 21 de maio de 2012

QUE DÓ DA CHANEL

"Que dó da Chanel!", disse minha filha ao ouvir que o Monsieur Normal (François Hollande, o socialista) ganhou as eleições presidenciais na França. Só vai restar a Chanel fugir para Bélgica. Caras como ele parecem não entender que se você coloca limites para o retorno financeiro de quem trabalha, a pessoa trabalha menos e fica preguiçosa. Ou foge para onde não roubem seu dinheiro, fruto de anos de trabalho duro. Basta ver a história. Estes caras deveriam ler a filósofa russa Ayn Rand e seu maravilhoso "A Revolta de Atlas", da editora Sextante. Sociedades socialistas cultivam a preguiça, a mediocridade e desestimulam a criatividade e coragem profissional. Todo mundo vira funcionário público. Rand conheceu na pele o ridículo do sistema socialista soviético, antes de fugir para os Estados Unidos. Dirá o leitor que exagero. Sim, um pouco, mas em se tratando da esquerda francesa, acostumada à vida mansa do Estado de bem-estar social, a França produtiva deve ficar alerta. Assim como a Argentina, que nunca saiu da pasmaceira peronista, a França nunca saiu do delírio jacobino da Revolução Francesa. Os caras não crescem e continuam a não entender que país é como sua casa, quando se gasta mais do que se ganha, a conta não fecha no final do mês e você estoura sua conta no banco. Engraçado como a França e outros países europeus ocidentais que não passaram por regimes marxistas gostam de brincar de socialista. Brincam como se a catástrofe que foi a experiência marxista no poder não tivesse acontecido. Acusam muita gente de não ter "consciência histórica", quando eles não têm nenhuma. A começar pelos intelectuais de esquerda, esses mandarins da mentira. Vejam que os países do leste europeu que foram comunistas não chegam nem perto da baboseira da esquerda. Pergunte a uma tcheca ou russa se ela gostaria de voltar ao comunismo. Mas, como a França ainda tem dinheiro para gastar, o dinossauro francês ganhou a eleição. Se ele não criar juízo e ficar prometendo o que não pode (como deixar os franceses se aposentarem com menos de 60 anos e com isso piorar a pressão sobre a população mais jovem produtiva que paga a conta da previdência social francesa), na próxima eleição, Marine Le Pen (do Front National, partido de extrema-direita) leva, o que seria outra catástrofe. É isso que ela espera, por isso recusou apoio ao Sarkozy. Tanto a direita radical quanto a esquerda são contra a sociedade de mercado e não entendem nada de economia. Os da esquerda culpam os ricos, os da direita radical culpam os estrangeiros, e nenhum dos dois sabe lidar com a complexidade de um mundo que nada tem de perfeito e que é sempre fruto da velha natureza humana: mentirosa, interesseira e preguiçosa, quando pode. Nada brota onde não há dinheiro. Até minha llhasa apso, mais inteligente do que muita gente que conheço, sabe disso. E por falar em Chanel (que para mim significa "mulher bonita"), recentemente tivemos mais uma prova de que a natureza humana é atávica em suas mazelas, sendo a inveja uma das piores. Já disse várias vezes nesta coluna que as mulheres bonitas são vítimas de perseguição por parte das feias -a velha inveja da beleza. Em recente pesquisa sobre mercado de trabalho, publicada no caderno "Mercado" desta Folha (13/5), israelenses provaram que mulheres bonitas que colocam suas fotos no CV são constantemente eliminadas, não tendo chance de chegar nem a uma primeira entrevista. E por quê? O fato é que o RH é comumente dominado pelas mulheres, e estas, aparentemente, temem que mulheres bonitas assumam cargos em suas empresas. Incrível, não? Depois dizem que são os homens que atrapalham a vida profissional das mulheres bonitas. A verdade parece ser o contrário: se aumenta o número de homens envolvidos no processo decisório, a seleção pode deixar de ser injusta para as mais bonitas. Já que estamos em época de cotas para minorias oprimidas, proponho cotas para mulheres bonitas nas faculdades, nas empresas e no governo. O mundo respira melhor quando tem mulher bonita por perto. Elas são o pulmão do mundo.Por: Luiz Felipe Pondé, Folha de SP

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