terça-feira, 22 de maio de 2012

E SE versus O QUE É

Querido leitor e querida leitora, aceitem o meu fraternal abraço. Nossa reflexão hoje vai ser em cima de “E se” e “O que é”. Talvez você possa estar se perguntando: O que esse cara quer dizer com essas cinco minúsculas palavras: “E se” e “O que é”. Se isso ocorreu, que bom, pois é a partir de uma pergunta que aprofundamos os nossos conhecimentos, a nossa consciência. Afinal de contas, como vamos nos melhorar como pessoa se sequer achamos que precisamos disso? Bem, voltemos ao nosso tema. “E se” é uma pronúncia que, em geral, boa parte das pessoas fala cotidianamente para expressar algo que gostaria que ocorresse. “E se o goleiro tivesse agarrado pênalti?”, “E se o centroavante tivesse feito aquele gol?”, “E se o juiz tivesse dado aquela falta?”, isso, para ficarmos só na paixão do futebol. Mas se levarmos o “E se” para outras áreas vamos ver infinitos exemplos: “E se tivesse acordado mais tarde não bateria o carro”, “E se terminasse o namoro tu não estarias grávida”, “E se mudasse de emprego estaria ganhando melhor”, “E se não comprasse esse carro não estaria atolado em dívidas”. E se, e se, e se... O fato é que muitos de nós passamos uma existência no padrão do “e se”. Ainda pequeno aprende “e se eu fizer isso vou ganha aquilo”, depois, na juventude, fala “e se eu tivesse escolhido o outro curso estaria mais feliz”, na adultice pensa “e se eu tivesse me separado teria uma vida mais tranquila” e na velhice remoí “e se eu tivesse outra vida”. Agora não dá mais para voltar atrás. O “e se” é uma projeção, uma expectativa presente de um pensamento passado. Será que o “e se” existe? Se questioná-lo um pouco, vamos entrar no “o que é”. “O que é” é a realidade nua e crua, pois deixamos de resistir ao fato que ocorreu, tipo “e se o juiz tivesse dado o pênalti?”, para o que é: “O juiz deu o pênalti”. Assim como há muitas pessoas que passam pela existência sempre no “E se”, há também um número cada vez maior de seres humanos buscando o autoconhecimento e tentando entrar e ficar no modo do “o que é”. Afinal de contas, “o que é”, está ali na frente se apresentando sem devaneios ou deturpações. O carro bateu, a namorada terminou, perdi o emprego. Isso é, é inequívoco. E de nada adianta a gente ficar no “e se”... Trago Eduardo Galeano, do Uruguai, prêmio Nobel da paz, para nos aprofundarmos no “E se”: “Não importa o que fizeram de você, importa sim, aquilo que você fez com aquilo que fizeram de você”. É assim “o que é” o mundo para mim hoje. “E se” você não tivesse ouvido esse comentário, como seria?Por: Beto Colombo

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