segunda-feira, 27 de agosto de 2012

FALCÃO, MORCEGO E ZANGÃO

Querido leitor, querida leitora, que você esteja vivendo em plenitude. Hoje vamos refletir sobre a situação de uma das aves mais impressionantes que existe, que é o falcão. Como gosto de fazer, vale a pena dar um contexto sobre esta ave de rapina. 

Falcão é o nome genérico dado a várias aves da família Falconidae, mais estritamente aos animais classificados dentro do gênero Falco. O que diferencia os falcões das demais aves de rapina é o fato de terem evoluído no sentido de uma especialização no voo em velocidade, facilitado pelas asas pontiagudas e finas. Esta evolução favoreceu a caça em espaços abertos, daí o fato dos falcões não serem aves de ambientes florestais, preferindo montanhas e penhascos, pradarias, estepes e desertos. 

Feito esse contexto sobre o falcão, vamos então a mais uma curiosidade. Você sabia que se você colocar um falcão em um cercado de um metro quadrado e inteiramente aberto em cima, ele se tornará um prisioneiro, apesar da sua habilidade de atingir 389 km/h em voo picado? A razão é que um falcão sempre começa seu voo com uma pequena corrida em terra.

Observando um pouco melhor, percebemos que o animal mais rápido da terra, quando não tem espaço para correr, jamais tentará voar e permanecerá um prisioneiro pelo resto da vida, nessa pequena cadeia sem teto.

Mas a natureza animal nos reserva outra curiosidade. O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, pois cego, voa com incrível precisão através do som, não pode sair de um lugar nivelado. Se for colocado em um piso completamente plano, tudo que ele conseguirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar.

Um zangão, se cair em um pote aberto, ficará lá até morrer ou ser removido. Ele não vê a saída no alto, por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo. Vai procurar uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente de tanto atirar-se contra as paredes do vidro.

Querida e querido leitor. Durante nossa evolução neste plano, às vezes somos pessoas como o falcão, como o morcego e o zangão: atiramo-nos obstinada e destemidamente contra os obstáculos, sem perceber que a saída está em outra direção, está em cima.

Algumas pessoas se lembrariam da oração, do céu, do alto, de Deus. Outras de que vivemos em um mundo de infinitas possibilidades. Outras, falariam que a solução de qualquer desafio, em boa parte, está na própria pergunta. O fato é que se continuarmos fazendo as mesmas coisas, vamos obter os mesmos resultados, mesmo que estes resultados sejam a prisão e a morte.

É assim como o mundo me parece hoje. E você tem agido como falcão, morcego e zangão?
Por: Beto Colombo

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