quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CREDOS E RELIGIÕES

Querido leitor e querida leitora, que você esteja bem e em paz! Nossa reflexão hoje é sobre credos e religiões.

Credo, como sabemos, é uma fórmula doutrinária que envolve necessariamente a crendice, a fé. Já religião vem do latim “religare” e impõe dogmaticamente sistemas culturais e crenças, além de visões de mundo. Religião vem de religar o céu e a terra.

Feitas estas ponderações, agora sim podemos nos voltar ao título e ao tema a que nos propomos: credos e religiões.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, a ONU, atualmente há aproximadamente sete bilhões de pessoas vivendo no planeta. Destas, as estatísticas mostram que aproximadamente 5,6 bilhões manifestam uma afiliação religiosa, ou seja, pelo menos 80% das pessoas têm um alinhamento espiritual, se é que dá para aliar religião com espiritualidade.

Neste contexto, convém ressaltar que algumas religiões acreditam em um Deus único, são as monoteístas. Outras tantas acreditam em muitos deuses, nesse caso são as politeístas. Há, atualmente, mais religiões politeístas no mundo que monoteístas, embora religiões monoteístas tenham mais adeptos e foram a gênese das religiões.

Mas o espectro religioso não compõe somente as monoteístas e as politeístas, há também as religiões que não adoram nenhum deus, mas sim o que consideram ser princípios sagrados de pensamento e conduta. Refiro-me ao budismo e outras religiões de idealismo transcendental.

Observando atentamente todas essas entidades religiosas, vemos que elas têm seu próprio conjunto de crenças, práticas e rituais, enfim, possuem seus dogmas. Existem grupos de cristãos, por exemplo, que acreditam numa vida futura e creem haver certas coisas que devem ser feitas para chegar lá. Outros grupos definem o batismo como aspergir enquanto alguns definem como imersão. Existem igrejas que estão abertas a todos que queiram se filiar, já outras requerem que a pessoa esteja “salva” antes que o “batismo” possa acontecer. As pentecostais, é bom lembrar, acreditam no “falar em línguas” e outras sequer dão importância a esse fenômeno. E assim podemos seguir as comparações com muito mais exemplos, mas fiquemos por aqui.

Alguns cultos enfatizam a emoção, espontaneidade e extensiva participação congregacional, já outros não. Algumas religiões acreditam numa interpretação literal das escrituras contidas na Bíblia, enquanto outros veem as escrituras como parábolas ou exemplos de conduta e pensamento desejados, enfim, estudam a bíblia como uma bonita e sagrada metáfora.

Alguns grupos religiosos, principalmente cristãos, acreditam que Deus criou o homem. Porém, há organizações não-religiosas que acreditam que o homem criou Deus numa tentativa de explicar o inexplicável.

Apesar desta tremenda diversidade religiosa e fragmentação espiritual que existe em todo o mundo, há uma certa sinergia, pois Deus é verbo, não é substantivo, ou seja, Deus é ação, é obra, não é falácia, não é discurso ou incoerência. É?

Independentemente de religião ou credo, quando se vive na verdadeira espiritualidade, esse plano pode ser uma oportunidade para que possamos nos comungar com evangélicos, espíritas, ortodoxos, judeus, islâmicos, budistas e por que não também com agnósticos e ateus? Afinal de contas, a espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais da bíblia, do corão, de cada uma das tradições de fé e, principalmente, no respeito a diferenças entre irmãos.

Finalizo com uma frase da sua Santidade o Dalai Lama: “Minha religião é o amor”.

É assim com o mundo me parece hoje. E você, como vive a religião e o credo?
Por: Beto Colombo

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