terça-feira, 17 de julho de 2012

LEI DA INÉRCIA



Querido leitor, que você esteja bem. Isaac Newton, físico, astrônomo, matemático, um dos maiores pensadores de todos os tempos, escreveu que “um objeto que está em repouso ficará em repouso até que uma força desequilibradora atue sobre ele”. Ele chamou essa ideia de Lei da Inércia. 

Inglês, Newton nasceu no natal de 1642 e morreu aos 85 anos, precisamente em 31 de março de 1727. Importante também expor que Isaac Newton escreveu a Lei da Inércia focando sua aplicação para objetos, coisas inanimadas como rochas, árvores, enfim, falava em matéria. Porém, diante do seu enunciado, podemos aplicar a Lei da Inércia para o cotidiano em nossas vidas, ou não? 

Vamos a alguns exemplos que vão além do exposto por Newton, pois este, como sabemos, está provado, comprovado e carimbado. Vejamos o lado pessoal dos indivíduos, seus padrões, suas rotinas. 

Como observamos, algumas pessoas fazem de suas vidas uma rotina de ir e voltar do trabalho, de ir e voltar do jogo de futebol, sentar e levantar das mesas de refeições, sentar e levantar da frente da televisão... Nada acontece de novo, nada é inovador em suas vidas, tudo é velho. Isso é inércia! Provavelmente essas pessoas passam a existência repetindo coisas que fizeram no dia anterior, e no dia anterior replicando coisas que tinham feito antes de ontem. Enfim, passam numa frenética repetição. Tudo é praticamente igual: repetições, repetições e repetições. 

E, de repente, uma força desequilibradora tira você dessa armadilha. Uma demissão, um acidente, uma doença grave, uma tragédia... Enquanto essa força não surge ficamos ali repetindo, repetindo, repetindo. 

Voltemos ao enunciado de Newton: “um objeto que está em repouso ficará em repouso até que uma força desequilibradora atue sobre ele”. Isso faz sentido para você? 

Lembro-me de Christofer Reev, o ator que ironicamente interpretou o Super Homem que, após uma queda do seu cavalo, ficou tetraplégico. Em entrevista nas páginas amarelas da revista Veja, antes de sua morte, ele comentou que passava horas e horas se deleitando com o som da chuva, dos pingos que iam de encontro das folhas, formavam gotas maiores e caíam sobre as outras folhas logo abaixo. “Antes do acidente não via nenhuma graça e hoje me alimento desses momentos”. Para que esperar ficar tetraplégico para contemplar a si, o outro, a natureza? 

Outro exemplo é o dos japoneses que, sendo um dos maiores consumidores de peixe do mundo, começaram a ter problemas com este alimento, pois de deslocavam muito para pescar e, quando chegavam com a pesca congelada, não tinha o mesmo gosto. Construíram um navio com porão aberto, onde os peixes, quase sem espaço, chegavam com vida à costa, mas devido ao pouco espaço para se movimentar, também perdiam o gosto. 

A solução para trazer os peixes vivos e com um paladar agradável, que os japoneses estavam acostumados, foi de colocar um tubarão juntos com os peixes, só assim eles se movimentavam dentro do curto espaço e chegavam de acordo com o gosto dos clientes. 

Algumas pessoas estão atrofiadas em seus corpos e conheço pessoas que a atrofia está nos pensamentos e verbalizam com suas longas e repetidas histórias. Para mim, viver é movimentar-se, afinal de contas, uma água parada apodrece e nós, como sabemos, temos 70% de água em nosso corpo. 

É assim como o mundo me parece hoje. E você, o que pensa sobre a Lei da Inércia? Por: Beto Colombo


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