segunda-feira, 11 de junho de 2012

PEREGRINOS DA EXISTÊNCIA

Querido leitor, aceite o meu fraternal e caloroso abraço. Nosso tema hoje é sobre caminhos. Durante a nossa existência aqui neste plano tridimensional, penso que cada um tem um caminho, uma jornada, um trajeto. Cada um decide por onde e com quem caminhar e, fazendo essas escolhas, está também direcionando o onde ir, onde chegar. Alguns percebem que mudaram o trajeto, outros nem sequer perceberam que houve uma bifurcação e mudaram o trajeto. Para cada um é de um jeito. Porém, durante o tempo de caminhada, encontramos todo tipo de pavimentação. As asfálticas, as de terra, as com pedras pequenas, as de grandes rochas. Há caminho com sombra, sem sombra, barulhentos, calmos e assim por diante. No início do filme “Baba Ziz”, uma frase me chamou atenção: “Há tantos caminhos para Deus quanto almas na terra”. O fato é que há flores no caminho, é verdade. Mas também é fundamental que se diga que o caminho é feito de flores e de bolhas. Durante a jornada, cada um tem o seu ritmo de caminhar, alguns mais rápidos, outros mais lentos. Há aqueles que fazem da caminhada um contemplar, outros passam sem ver nada, quem dirá contemplar? Se cada um tem o seu ritmo, imagina o objetivo da jornada. Há os que buscam ser, outros o ter, os que querem mais, os que estão satisfeitos. Há também os que não estão contentes com o que têm, mas há os que queriam mais, mas estão bem com o que já tem. O caminho é sortido, como se diz por aqui. Enfim, caminhar, caminhar, caminhar. Cada um em seu jeito, a sua forma, o seu sabor pessoal. Não existe, talvez, um caminho, o caminho, existem sim caminhos. Não existe, de repente, uma forma, um manual, ele, o caminho está aí pra cada um desbravar da sua forma. E há aqueles que nem sequer querem desbravar, pararam, estagnaram. Muitas vezes, no caminho encontramos pessoas que só querem ver seus limites físicos, outras até onde vai sua fé. Nos deparamos com pessoas que querem passear, outras fazer amigos; há as que só pedem, outras que agradecem. Há as que começam como turistas, mas terminam como peregrinos. Peregrinos, somos todos peregrinos desta existência. Alguns sabem, têm clareza de onde querem ir, de onde intentam chegar. Decidem: vou a Porto Alegre. E vão. Caminham, andam, passo após passo e logo veem a placa “Florianópolis a 10 quilômetros”. Conclusão: mais do que decidir caminhar, temos que confirmar se o passo que estamos dando agora vai nos levar ao objetivo que queremos. Durante a caminhada aparecem placas do tipo “ânimo”, “força”, “fé”. É o fora nos estimulando o dentro. Mas no caminho, o dentro também pode influenciar o fora, não pode? Caminhos, caminhos. Como fazê-los se não percorrer. Afinal de contas, há uma grande diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho. Mas, como disse o psicólogo Roberto Crema, reitor da Unipaz, “Não existe caminho errado, todo caminho leva a algum lugar”. Um bom caminho! É assim como o caminho me parece hoje. E você, como está o seu caminho? Por Beto Colombo

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